domingo, 24 de janeiro de 2010

Fotos da Apresentação do Minicurso no XXVI Enefil - Fortaleza

Minicurso XXVI Enefil - 2010 - Fortaleza - Grupo Sartre - UECE


Minicurso XXVI Enefil - 2010 - Fortaleza


GRUPO SARTRE - UECE



Grupo Sartre - Minicurso



Professora Ms. Eliana Sales Paiva (UECE)




Professor Ms. Carlos Henrique e Graduando Everton Barros (Hesíodo)


Professor Ms. Carlos Henrique apresentando minicurso

Ouvintes

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Rebatimentos de Sartre à psicologia e a educação positivista - Carlos Henrique

Rebatimentos de Sartre à psicologia e a educação positivista

O pensamento positivista, fundado por Augusto Comte (1798-1857) compõe um dos pontos nodais da critica de Sartre (1905-1980) à questão da determinação. Ao que nos consta saber, o pensamento positivista consolidou a concepção burguesa de educação que por sua vez é o principal objetivo das considerações refutativas do filósofo francês contemporâneo no texto Determinação e liberdade publicada na obra Moral e sociedade em 1966.

É possível encontrar duas fortes semelhanças entre a psicologia do século 20 (Piaget, Kurt Lewin) e a educação positiva: o do uso da moral na constituição psicológica do individuo e suas interações sociais e do critério da previsão cientifica para determinar as condições de ação do individuo no mundo. Ao prevermos cientificamente as ações humanas, não haveria mais a necessidade de se preocupar com o sujeito, visto que este seria destituído pelo caráter normativo dos costumes, isto é, o sujeito seria necessária e objetivamente o que a norma determinasse.

Se pegarmos, por exemplo, o lema da bandeira brasileira Ordem e Progresso ("O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim") como um dever de todo brasileiro em voltar suas ações unicamente para o estabelecimento tanto da ordem (política, moral e social), quanto do progresso (material, intelectual e moral), não encontraremos nada além dos fatos e dos costumes sendo praticados pelos homens e, assim, não haveria mais sujeitos na situação.

O problema maior da educação no viés positivista é que confere um poder moral inegável ao professor (tratado como um instrumento da instituição) e destitui o aluno como sujeito de si. Segundo Sartre: “...o aluno atento que quer ser atento, o olhar preso no professor, todo ouvidos, a tal ponto se esgota em brincar de ser atento que acaba por não ouvir mais nada”.(Sartre, O ser e o nada, 1997, p. 107). Nesse sentido, torna-se imprescindível levantar os seguintes questionamentos: não seria a educação burguesa positivista um fio condutor da má-fé? Em outras palavras, o processo educacional, quando visa formar um sujeito, não está agindo de má-fé, fazendo a pessoa enganar a si mesmo? Ou, ainda, frente ao nada do sujeito, a educação não contribui para a má-fé ao se propor como caminho para a formação de um sujeito?

Tais questões se tornam necessárias para propor a discussão.

Referências

SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. Trad. Paulo Perdigão. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.
______. Determinação e liberdade. In: Moral e Sociedade, São Paulo: Paz e Terra, 1984.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Logo do XXVI Enefil - 2010


Psicólogos

http://www.4shared.com/file/194649655/7fdffd44/Wolfgang_Khler.html

http://www.4shared.com/file/194649436/b308df16/Pierre_3.html

http://www.4shared.com/file/194621370/71bc74ed/Psicologia_x_Sartre_METODOLOGI.html

http://www.4shared.com/file/194649290/a409ee1b/Paul_Guillaume.html

Sartre - Power Point!

http://www.4shared.com/file/194637267/ef0acc54/SARTRE.html

http://www.4shared.com/file/194636100/9dce274d/Jean_Paul_Sartre.html

http://www.4shared.com/file/194648873/16a8709c/CORDELSARTRE.html

Psicologia x Sartre METODOLOGIA

http://www.4shared.com/file/194621370/71bc74ed/Psicologia_x_Sartre_METODOLOGI.html

Esboço para uma teoria das emoções

Esboço para uma teoria das emoções
Introdução
Psicólogo

Tipos de experiência - A percepção espaço temporal dos corpos organizados, e o conhecimento intuitivo de nós mesmos que chamamos experiência reflexiva. Pág.13
Conceito de homem - Há no mundo certo número de criaturas que oferecem á experiência caracteres análogos. Pág.14
Emoção - O homem tem emoções porque a experiência lhe ensina isso.Pág.18
- È primeiramente e por princípio, um acidente. Pág.18

Leis da emoção - Explicados a partir de estruturas gerais e essenciais da realidade humana.Pág.19
Realidade-humana - A compreensão é uma qualidade vinda de fora. Pág.23
Estado psíquico - È sempre um fato. Pág.25
- Vazio de significado. Pág.25

APRESENTAÇÃO – MINICURSO – Professora Ms. Eliana Sales Paiva

APRESENTAÇÃO – MINICURSO – Professora Ms. Eliana Sales Paiva

(dia 21-01-2010) – 15h:15 – 16h:00

Método fenomenológico Existencial
. Realização da Natureza Humana X Descoberta da condição humana.
. O movimento fenomenológico: postura subjetiva e pessoal.
. O método fenomenológico: procura descrever um sentido humano do mundo o sentido do homem – (com o mundo, ao mundo, do mundo, no mundo)
. O método fenomenológico-existencial – Posicionamento humano do homem em situação.

(dia 22-01-2010) – 15h:15 – 16h:00

. Crítica do Sartre à Psicologia: enquanto a psicologia se ocupa da preocupação da convivência verdadeira e prazerosa com o mundo; Sartre debate sobre a possibilidade do homem se posicionar em condição humano crítico-criativa.

Projeto de Minicurso ENEFIL 2010

Projeto de Minicurso ENEFIL 2010

1 - TÍTULO: A CRÍTICA FENOMENOLÓGICA DE SARTRE À PSICOLOGIA E SUAS POSSÍVEIS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃO.

AUTOR(A): ELIANA SALES PAIVA [1]
Co-Autor: CARLOS HENRIQUE CARVALHO SILVA[2]

PERIÓDO DE REALIZAÇÃO: 21 e 22 de janeiro de 2010
HORÁRIO: 14:30 até 16:00 Horas

2 - Resumo:

O posicionamento filosófico de Sartre (1905-1980) inicia-se com uma construtiva crítica a psicologia de seu tempo. O mote fundamental dessa critica são as emoções. Para o filósofo francês, as emoções são sintomas existenciais em situação que molda a formação da realidade humana e não requer uma determinação, a não ser quando vivida instantaneamente. Estamos sujeitos a desenvolver uma infinidade de emoções diferentes, conforme os acontecimentos e as situações vividas. As emoções podem ter um papel fundamental nas relações humanas concretas, na saúde e na qualidade de vida e, por isso, é importante aprendermos a conhecê-las melhor e a trabalhar com elas. A reflexão sartriana ancorada no método fenomenológico constrói uma vigorosa critica acerca dos trabalhos desenvolvidos pelos psicólogos que estudam as emoções, sobretudo, quando moldam o comportamento humano a padrões determinados. Nesse sentido, o presente Minicurso tem como objetivo expor a critica sartriana as emoções colocadas pela psicologia em padrões de comportamento e que repercute nos modelos de ensino educacionais. Para tanto, essa compreensão se divide em dois momentos vinculados um ao outro: primeiro, faremos uma exposição geral sobre os conceitos de emoção, náusea, autenticidade, realidade humana, mundo e engajamento afim de compreender melhor a questão; segundo, mostrar como Sartre pensa a psicologia do seu tempo através das emoções e reconhecer as implicações significativas na educação e nas suas respectivas metodologias de ensino.
Palavras-Chave: Sartre. Emoções. Critica. Psicologia. Educação.

3 - JUSTIFICATIVA

Este projeto é relevante na medida em que ressalta a crítica desenvolvida por Sartre contra a psicologia, a qual pretendia determinar nas pessoas padrões de comportamento ou modos de viver. Tal determinação repercute significativamente na educação que elabora métodos de como o indivíduo deve agir social e moralmente.
Essas questões motivam Sartre a um posicionamento crítico e permite a ele se expressar de forma paradoxal: o homem é o ente que é o que ele não é e não é o que ele é; descrever coisas que soa quase histérico, mas não negativamente e singularmente questionador: o outro rouba o meu mundo, engendrando hipérboles: O homem está condenado a ser livre. A perspectiva de Sartre sobre o homem e o mundo é permeada de contornos irregulares e debates desiguais sobre a própria realidade humana.
Assim, a metodologia de Sartre segue uma crítica ácida e entrelaça outros aspectos: o método fenomenológico, a luta por uma existência mais responsável e livre, também pelo engajamento. Tal empreitada foi desenvolvida em diversas obras: A Transcendência do ego: esboço de uma descrição fenomenológica e A Imaginação (19360; Esboço para as teorias das emoções (1939); O imaginário (1940); O ser e o nada (1943); dentre outras. Esses textos expõem um exame detalhado da realidade humana como ela se manifesta, numa leitura fenomenológica.
A fenomenologia existencial sartriana não salvará a humanidade da crise do significado humano, mas nos servirá para recordar-nos de que está em perigo de se perder: a condição de humano.
Com essas observações ele intenta debater a maneira pela qual vivemos. A dedução possível, após a leitura dos textos é que a psicologia e a educação não dizem exatamente como se estabelece a experiência homem-mundo. Para Sartre estes instrumentos atuam como refúgios e não são neles que nos descobriremos, mas somente em situação de autonomia de escolha, no meio das coisas e entre os homens.

4- OBJETIVOS

4.1 GERAL:
Analisar a crítica de Sartre à psicologia apontando suas repercussões para a educação
4.2 ESPECIFICOS:
Destacar os conceitos sartreano de EMOÇÃO, NÁUSEA, AUTENTICIDADE, REALIDADE HUMANA, MUNDO, ENGAJAMENTO;
Constatar que as emoções conceituadas pelos psicólogos e exposta pelos educadores não são condições capazes de determinar o que o homem é;
Demonstrar a inversão do conceito de autoridade e autoritarismo, o que gera um saber autoritário (cão de guarda e dono da verdade);
Esclarecer a critica ao papel do professor como alguém a ser seguido e obedecido;.
Explicitar a importância do OUTRO como elemento contraditório da presença com o diferente: reconhecimento e conflito;
Mostrar que o processo de inserção das pessoas no mundo é condição para a formação da sua história, da sua cultura e de seu engajamento.

5 - METODOLOGIA

Esta pesquisa iniciará com uma reflexão a cerca do pensamento sartreano, mais especificamente com as questões da emoção nas relações humanas concretas e a compreensão do método fenomenológico existencial que contribui para esclarecer a crítica sarteana à psicologia e o modo como pensamos repercutir na educação.
Para tanto, serão disponibilizados os textos: Esboços para uma teoria as emoções e Determinação e liberdade a fim de melhor desenvolver a temática proposta nesse trabalho.
Serão apresentados os esquemas dos textos, através de data show, exibição de vídeo/documentário e imagens.

6 - MATERIAIS NECESSÁRIOS

- Sala climatizada com carteiras suficientes para os inscritos
- Piloto, apagador, quadro branco
- Xérox dos textos de apoio para os participantes inscritos
- Data show
- Água

7 - PLANO DE ATUAÇÃO

DIA
21.01.2010
22.01.2010
ASSUNTO
O pensamento de Sartre na obra Esboço para uma teoria das emoções e no texto Determinação e liberdade.
A crítica de Sartre à psicologia e a repercussão na educação
OBJETIVO
Conhecer os conceitos de emoção, náusea, autenticidade, realidade humana, mundo e engajamento.
Mostrar como Sartre pensa a psicologia e reconhecer as implicações de sua crítica para a educação.

RECURSOS
- Sala climatizada com carteiras suficientes para os inscritos
- Piloto, apagador, quadro branco
- Xérox dos textos de apoio para os participantes inscritos
- Data show
- Água

- Sala climatizada com carteiras suficientes para os inscritos
- Piloto, apagador, quadro branco
- Xérox dos textos de apoio para os participantes inscritos
- Data show
- Água


8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO SILVA, Carlos Henrique. Conflito e existência do outro na obra de Sartre. In: Extratos filosóficos: 10 anos do curso de pós-graduação em filosofia da UFC. Fortaleza: edições UFC, 2009. P. 283-294.
MASTRONARDI, Thomas Félix. Sartre, o advogado do paradigma da liberdade. In: Cadernos Sartre. Fortaleza: EdUECE. 2008. P. 73-87.
PAIVA, Eliana Sales. Um exercício supremo de má-fé para Sartre: o inconsciente freudiano In: Colóquio Internacional Jean-Paul Sartre 100 anos. UERJ-Brasil. 2005.
SARTRE, Jean-Paul. Esboço para uma teoria das emoções. Porto Alegre: L&PM. 2007.
SARTRE, Jean-Paul. Determinação e liberdade. In: Moral e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra. 1994.
SILVA, Cléia Góis. Consciência pré-reflexiva e consciência reflexiva: o imaginar e a consciência emotiva em Jean-Paul Sartre. In: Cadernos Sartre. Fortaleza: EdUECE. 2009. P. 27-36.




[1] Mestre em filosofia pela UFC, professora da UECE e coordenadora do Grupo de Estudos Sartre GES-UECE.
[2] Mestre em Filosofia pela UFC, Co-coordenador do Grupo de Estudos Sartre GES-UECE e Editor Adjunto da Revista Cadernos Sartre (ISSN 1983-6473).

Horário do Minicurso - ENEFIL 2010

Horário ENEFIL 2010

1º DIA

14:00 – RECEPÇÃO - ELIANA
14:35 – 15:15 - VIDA E OBRA – SARTRE (VAL) E PSICÓLOGOS (EWERTON, DENIS, OLY, RAQUEL)
15:15 – 16:00 - MÉTODO – ELIANA
16:30 – 17:00 – CONCEITOS (náusea, mundo, realidade humana, autenticidade emoção engajamento) - EVERTON OLIVEIRA
17:00 – 17:30 – A CRÍTICA DE SARTRE À PSICOLOGIA – ELIANA
17:30 – 18:00 – PERGUNTAS – MAYRLA E JANICE

2º DIA

14:30 – 16:00 – REBATIMENTOS DAS CRÍTICAS À EDUCAÇÃO – CARLOS HENRIQUE
16:30 – 16:45 – JORNAL – RITA
16:45 – 17:15 – PERGUNTAS – MAYRLA E JANICE
17:15 – 17:40 – AVALIAÇÃO – VAL E RITA
17:40 – 17:55 - CORDEL E MÚSICA – MAYRLA E JANICE
17:55 – 18:00 – AGRADECIMENTOS E DESPEDIDAS - ELIANA

sábado, 9 de janeiro de 2010